Quais são as narrativas, os projetos, as ambições e as necessidades de uma comunidade, quando vários grupos, vizinhos entre si, se encontram para dar voz à sua história? Onde divergem? O que têm em comum? Até que ponto a vida privada afeta a sua maneira de participar do debate público? O que é que queremos da vida com os outros? 

Inspirando-se nas antigas cortes medievais, em que as três classes sociais faziam petições junto do rei, Cortes do Porto é um espetáculo em que público ocupa o lugar do soberano. É ao público que compete decidir, no futuro próximo, o que fazer com os pedidos de que tomou conhecimento. Juntar-se-á a algum projeto? Dará apoio a alguém? Ou continuará a cruzar-se com os vizinhos como se fossem estranhos, agora que sabe um pouco mais das suas vidas? De como usam o seu tempo?

Este espetáculo, inicialmente programado para o Auditório da Junta de Campanhã foi apresentado no Auditório do Passos Manuel no seguimento de pareceres desfavoráveis da ARS Norte relativos aos espaços de apresentação habituais do Cultura em Expansão, tendo em conta a evolução da pandemia da COVID-19.