Fátima Miranda

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Galeria da Biodiversidade - Centro Ciência Viva

Outubro
Sexta-Feira
11
21:30
Concerto/Performance para voz solo
60 min.
M/6

Jardim Botânico do Porto | Museu de História Natural e da Ciência da U.Porto

Rua do Campo Alegre, 1191

COMO CHEGAR

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DE MARÇO A DEZEMBRO DE 2024

Entrada Gratuita

Fátima Miranda

Living Room Room

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Em contraponto à invasão do digital, dos smartphones, Apps, computadores e gadgets de que dependem a música eletrónica e a arte sonora, que quase sem intervenção do corpo e do gesto resolve concertos com facilidades tecnológicas, Living Room Room é um concerto-performance para voz solo, intimista e a cappella, em que se defende a presença e a contundência de UM CORPO sem fios. Músculos treinados sem mais nada, esculpindo o ar com uma voz prolongada, num registo de mais de quatro oitavas, usada como instrumento de sopro e percussão.


Em palco, uma única voz em simbiose com uma significativa componente poética, gestual, visual, dramática e humorística toca-nos até ao âmago.


A dramaturgia de Living Room Room evolui do contemplativo, melancólico, dramático e ritualista para um ambiente de transe frenético, divertido e algo louco.


Living Room Room incentiva uma ESCUTA consciente e culmina com uma secção improvisada que interage com o público e com o silêncio sonoro do lugar, com a sua acústica, com A NOTA que é única em cada espaço, com o seu runrun, sempre único e imprevisível, cantando em diálogo com a arquitetura do lugar.


Filha de uma sensibilidade etnominimal, Fátima Miranda está sozinha em palco com os seus instrumentos habituais: a voz expandida, a herança do Oriente, o corpo, a onomatopeia, o humor, a repetição, o espaço-tempo. Com a sua inteligibilidade ininteligível, vira as costas à tirania dos cânones da beleza do canto e da palavra, e coloca o mundo sobre os seus ombros, entrando sem medo e sem receio na floresta de oralidades que ainda o povoam, carregadas de memórias fonéticas, talvez anteriores à linguagem, evocativas de códigos de comunicação já extintos e que se aninham no inconsciente coletivo.


Em contraste com o que habitualmente se entende por cultura, a poética inclassificável de Miranda atinge uma dimensão de modernidade no sentido do que é sempre contemporâneo, entendido como civilização, isto é, como aquela parte mínima utilizável do imenso mundo cultural.


Música, Cantora-Performer e Espaço Cénico: Fátima Miranda

Acompanhamento de Címbalo: Dino del Monte

Figurino: Issey Miyake e Tradicional Coreano

OUTRAS DATAS DE APRESENTAÇÃO

Fotografias © Renato Cruz Santos
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