Num tempo marcado pela rapidez, inquietação e caos, a escuta atenta e o encontro com o outro tornaram-se raros. A ternura, entendida como uma qualidade de estar com o outro, movida por amor, carinho e dedicação, surge como ponto de partida para a investigação artística. Durante uma residência artística, um grupo de jovens de Ramalde explora a ideia de “ternura radical” através da criação de som e movimento: o que acontece se praticarmos coletivamente a ternura? Se reservarmos tempo para realmente ouvir o outro, para olhar o mundo com atenção? Se entendermos a vulnerabilidade como um espaço para conexão e as interdependências como uma rede em movimento que une em vez de separar? Pode a ternura ser uma forma de protesto? Um ato de propor uma realidade radicalmente diferente que é baseada na conexão, no carinho e na dedicação? O resultado desta investigação artística é uma ocupação de espaços de ternura dentro de nós e dos espaços públicos que partilhamos.

Com quem partilhas a tua ternura?