Após oito anos de intensa actividade, aprendizagem e conexão com os diversos territórios da cidade e as pessoas que os habitam, o Cultura em Expansão regressa para a sua nona edição com a certeza de que, mais do que nunca, o acesso à cultura e a possibilidade de expressão artística são elementos determinantes na complexa equação que é criar a cidade em que queremos e merecemos viver.

Depois de dois anos particularmente difíceis, em que à incerteza e ao imprevisto a equipa do Cultura em Expansão, as estruturas associadas, as equipas técnicas, os artistas e todos os participantes responderam com uma grande capacidade de adaptação às exigências de cada momento, é novamente apresentada uma programação que se estende ao longo do ano. Entre Março e Dezembro, o Cultura em Expansão irá promover o encontro com a pluralidade e diversidade de público que hoje se relaciona com este projecto, mantendo um esforço continuado de atrair novas audiências e de se aproximar daqueles que se pretende que sejam também os seus participantes.

Mantendo como parceiros de programação, produção e acompanhamento a Confederação em Miragaia, a Sonoscopia na Bouça, o Teatro do Frio na Pasteleira e o Visões Úteis em Campanhã, esta nova edição pretende dar continuidade ao trabalho que tem sido feito nestes territórios centrais em que, para além dos frutos visíveis das várias iniciativas realizadas, se pode verificar uma maior coesão na relação entre o tecido comunitário e as estruturas artísticas que também habitam estes espaços.

Pretendendo continuar a abordagem estabelecida na edição anterior, marcada pelos diferentes projectos de co-criação artística que envolveram inúmeros participantes, daremos corpo a novas ideias que têm surgido nestes processos de interação e partilha com quem habita a cidade. Fazendo-nos valer das lições aprendidas, queremos apostar em projectos de continuidade, focados na formação artística e novas aprendizagens para e pelas artes, e movidos pela criatividade e saber-fazer dos seus participantes.

Afinal, é no cruzamento das experiências e conhecimentos individuais com as vivências comunitárias que reside o potencial para realização de ideias que antes se afiguravam como meras possibilidades. Nesta edição, contamos novamente com o auditório do Grupo Musical de Miragaia, a Associação de Moradores da Bouça, a Associação de Moradores do Bairro Social da Pasteleira – Previdência/Torres e a Associação Nun'Álvares de Campanhã, que se têm assumido como novos pólos de cultura, numa antevisão do futuro que pretendemos para a cidade. A nossa convicção é a de que o futuro do Porto passa pela promoção de novas centralidades, geradas pela força agregadora e coesiva da cultura, capazes de se tornarem pontos de encontro para quem aí reside e para todas as pessoas que pretendem, como nós, viver a cidade na sua plenitude.

Rui Moreira

Presidente da Câmara Municipal do Porto